quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ancestralidade e cultura NAGÔ

EGBÁ NAGÔ, A PARTE DA ÁFRICA QUE VEIO COM IFÁ TINUKÉ.

O axé veio com a sacerdotisa Inês Joaquina da Costa, fundadora da comunidade e "nação" Nagô. Primeiramente, Nago (Nagô), é o nome que se dá a todo negro da costa Africana que fala o Yorubá. Toda nação que segue a cultura Yorubá faz parte dos Povos Nagôs. O que diferencia cada "nação", é a comunidade da qual ela se originou. Já não digo das novas nações, que se derivam de outras. Mas, as mais antigas, foram trazidas por algum sacerdote. Aqui em Pernambuco, Tia Inês (como era conhecida Ifá Tinuké), foi quem fundou o Ilê Obá Ogunté. (O Sítio de Pai Adão, não tinha esse nome na época de Tia Inês, o Nagô é uma nação de Òsún, pois a fundadora dela, era sacerdotisa de Osun). O Obá Ogunté, foi o primeiro terreiro de candomblé do Brasil, a ser tombado e registrado por um governo estadual. Em 1985, há 28 anos. Só de terreiro aberto, são 138 anos de tradição. Após a morte de Ifá Tinuké, foi Ope Watanan (Felipe Sabino da Costa - Pai Adão) quem liderou o terreiro. Depois do Obá Ogunté, outros terreiros Nagôs, foram criados. Todos eles, na mesma época, no final de 1800 pra o início de 1900, foram criados por sacerdotisas. A tradição Nagô se espalhou muito rápido em Pernambuco; até aproximadamente 1950, outros 20 terreiros foram abertos, mesmo com toda repressão do governo e sociedade. O Nagô se espalhou e tomou quase todas as regiões do Brasil. No Nordeste teve mais influência. Chegou ao Rio de Janeiro e a São Paulo, Maranhão, Bahia e outros estados... A ancestralidade Nagô trazida por Tia Inês, veio de duas regiões da Nigéria: o estado de Ogun e a região de Lagos. Por ser originada nas terras de Ogun, reverencia muitíssimo Yèmodjá que era cultuada no Rio Ogun no estado de Ogun na Nigéria. "A bandeira" do Nagô é o orixá Songo (Xangô); por algumas questões. Primeiro por ele ser considerado um Àláàfín de Oyó, a própria justiça na terra. O deus do fogo e etc. Depois, por ser considerado (pelo povo Egbá e Ketú), um filho de Yèmojá e também, por outras questões ritualísticas. Também, quem tem certo "culto diferenciado" é Òsún. Na região dos Lagos, a rainha de Osogbo é venerada grandiosamente. E também, é a divindade de Ifá Tinuké; nas saudações de Òsún no Nagô, o nome de Tia Inês não pode faltar! É a ancestral que carrega a ancestralidade Nagô. Atualmente, quem rege o Obá Ogunté é o babá Manoel Papai. (Por que não chamá-lo de bàbálóòrisá sendo ele Ogan?! Eu o chamo.) Outro homem que tem grande prestígio e perfil religioso dentro do Nagô é o Alápini Ifátòògún Paulo Braz: o Tìlode Yorubá! (O sumo sacerdote do culto dos ancestrais). O Nagô, é considerado por grandes sacerdotes, como a nação mais linda existente no Candomblé. As tradições seguem as mesmas desde que Ìyá Ifá Tinuké nos deixou. São 138 anos de ancestralidade viva. O cruzamento do Atlântico, da África à sua diáspora, o tempo, a opressão social, o preconceito e exclusão social por causa da religião e etnia, não foram suficientes pra acabar com a tradição trazida da costa da África. Somos todos, povos Nagôs, somos todos, africanos.

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