Tòrosi possui característica de uma estrategista. Princesa herdeira do trono de Nupè, ensinou Sàngó a ser rei. O Eterno rei de Oyó, faz parte da família do fogo, que denominarei aqui como "Ègbé Ìná". Por isso, ela deve receber o título verdadeiramente de rainha de Oyó. Que era um reino com características de império dentro da Nigéria. Politicamente, tudo acontecia em Oyó. Por isso, para a cultura nigeriana, o grande e supremo Aláàfin é de lá.
Não se pode saber mais coisas sobre esta divindade, devido à perseguição religiosa, o culto às divindades africanas sofreu transformações significativas. Muitas divindades perderam seu culto, causando um enorme e irreparável prejuízo em nossas tradições. O culto à Ìyámasse se perdeu ou foi "esquecido", dando espaço para Yemojá na diáspora, ser cultuada como mãe de Sàngó. Não podemos culpar ninguém. Nossa tradição sobreviveu até hoje pela oralidade. Sem este milenar meio de comunicação, o Candomblé não existiria, os orixás não seriam cultuados e toda a história e cultura de um povo há milhares de anos, estariam perdidos. Através do repasse dos Itàns (histórias/lendas) é que a "Resistência Negra" existe.
Quando atribuiu-se à Yemojá o título de mãe de Sàngó, não foi por vaidade. Foi por necessidade. De qualquer maneira, Ìyámasse continua viva. Um filho não pode viver sem seus pais. (Talvez por isso exista a extrema necessidade de atribuir a alguém a maternidade do terceiro rei de Oyó.) Quando se louva a Sàngó, estamos louvando toda a Ègbé Ìná. Que podemos dizer que, sem dúvidas, participam desta família os orixás: Sàngó, Òranmìyàn, Ìyámassè Málè, Àiyrá e outras divindades. Grande parte dos orixás cultuados no panteão do fogo - ìná, também são cultuados na família dos raios - ààrá.

Agò òrisá, mo ki ò ayabá! Olú Ìná, Olú Ààrá, Ìyá mi mímó.
(Com sua licença orixá, meus respeitos rainha! Dona do fogo, dona dos raios. Minha mãe sagrada.)
Texto de Victor Matheus, autor do blog e administrador da página Portal do Yawô no Facebook.
*A imagem é de autoria da página Guto Reason no Facebook.
Até a próxima, bençãos e prosperidade à todos!
UM TEXTO RICO E BEM ESTRUTURADO É OUTRA COISA. RSRSRS
ResponderExcluirSHOW. PARABÉNS.
Muito obrigado Jefferson. Um comentário de um amigo crítico como você, só me leva a escrever cada vez mais. Orisanlá te abençoe cada vez mais. Cabeção! :)
ExcluirDiscordo quando você diz que, "o culto à Ìyámasse se perdeu ou foi "esquecido" " , muito pelo contrário, ele permanece bem vivo e atuante em diversos templos religiosos tradicionais do Brasil. Assim como o culto a diversas outras divindades, que não se popularizaram.
ExcluirVocê afirma que Torosi é Iyamasé, e que Iemanjá não é Torosi. Mas quem pode lhe garantir isso, em quê você está respaldado para fazer tal afirmativa ?
Não poderia ser Iyamasé, a divindade outrora cultuada por Torosi, que com o passar dos séculos passou a representá-la, tal qual muitos teóricos sugerem para justificar a feminização dada a Oduduwa ?
E uma vez que Iemanjá em verdade não é um nome próprio, mas sim uma denominação oriunda de um epíteto, não poderia tratar-se da própria Torosi ?
São questões que precisam ser levantadas, onde qualquer afirmação demasiadamente precipitada é cabível de críticas.
Você critica as qualidades dos orixás, mas devo esclarecer a você que essa prática religiosa não nasceu no Brasil, tratasse apenas de uma apropriação da liturgia da cultura Ewe-Fon, onde as divindades (Voduns) eram consideradas integrantes uma determinada família, as Famílias dos Voduns, reflexo da própria sociedade africana abrangente, constituída por grupos familiares extensos e numerosos. Essa apropriação cultural por parte dos yorubás na diáspora (e talvez já em África), se deu provavelmente como forma de se poder abranger e adequar seu imenso panteão de divindades a uma nova realidade.
Atualmente tornou-se uma constantes críticas ao nosso candomblé brasileiro, em detrimento a contatos com africanos aculturados e oportunistas. Oriundos de uma África negra arrasada pelo pós-colonialismo europeu, que já perdeu muito de sua própria identidade cultural e onde a religião islâmica fundamentalista se alastra a cada dia. Se vende aos tolos uma África por demais utópica.
Escreva mesmo, estou aqui pra prestigiar seu novo e encantador trabalho.
ResponderExcluirAdorei o artigo, devo acrescentar que o culto a Iyamasse se juntou ao de Yemoja pelo fato de Iyamasse ser detentora das águas quentes e termais, por isso a associação com a "Mãe dos Peixinhos". O culto a Iyamasse continua vivo e sendo repassado com cautela no nosso axé (Terreiro do Gantois), casa-matriz que veio de uma dissidência do Ile Iya Nasso Oka. O culto a Torosi continua vivo como podemos observar, temos um terreiro consagrado a ela a mais de um século, que é o Ile Iya Omi Ase Iyamasse. Sei algumas coisas relativas a esse Orisa q ainda escuto dos meus Egbomes, mas breve irei me aprofundar mais se assim me for permitido. Olorun mo dupe.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirExiste Alguna Relación con Agandjú !?
Excluir🙇👳🙏🌋✌😇
Olá. Estou a procura de convencimento mais aprofundado sobre Iyamassê. Você poderia entrar em contato comigo? Gratidão
ExcluirVc poderia entrar em contacto comigo ,quero muito saber mais do orixa Iyamassê
ExcluirIre oooo! Que perfeição de comentário. Não se pode esperar o oposto de ti né? Muito obrigado pelo comentário e pelo acréscimo de conhecimentos ao artigo. Mo ki ò!
ResponderExcluirMOTUMBÁ! GOSTARIA SABER MAIS SOBRE SABÁ, ÒGUNTÈ, KONLÁ, AWOYO, MAYALEIWO, AKUARA, OLÓSÀ...
ResponderExcluirBoa noite ,gostaria muito de saber mais de yemanja Iyamassê
ResponderExcluirNegar sua existência é
Excluirimpossível. A matriarca do fogo, a verdadeira rainha de fogo, do raio, a esposa de Öranmìyàn: o primeiro Aláàfin de Oyó. Tòrosi foi rainha de Nupe, filha do rei Elempè. Ela também é conhecida como İyámasse Málè. Ela é a mãe de Sàngó, o terceiro Aláàfin de Oió.
*Quando atribuiu-se à Yemojá o título de mãe de Sàngó, não foi por vaidade. Foi por necessidade. De qualquer maneira, Ìyámasse continua viva. Um filho não pode viver sem seus pais. (Talvez por isso exista a extrema necessidade de atribuir a alguém a maternidade do terceiro rei de Oyó.) Quando se louva a Sàngó, estamos louvando toda a Ègbé Ìná. Que podemos dizer que, sem dúvidas, participam desta família os orixás: Sàngó, Òranmìyàn, Ìyámassè Málè, Àiyrá e outras divindades. Grande parte dos orixás cultuados no panteão do fogo - ìná, também são cultuados na família dos raios - ààrá.
O que não podemos esquecer, mesmo não tendo mais rituais para se cultuar Tòrosi, é que ela está presente em tudo que fazemos. Principalmente para quem carrega os odús (caminhos) de Sàngó e sua família sobre a vida. Na diáspora africana, muitos cultuam Ìyámassè Málè, como uma "qualidade" de Yemojá, assim como muitos fazem com o orixá Oko, que é confundido como uma "qualidade" de Òsáàlá. O que não podemos deixar que se perca de uma vez por todas, é o culto aos orixás que já cultuamos e que os que infelizmente se perderam, por um processo quase devastador de nossa religião, através do tempo, do cruzamento do Atlântico e pela opressão da sociedade arcaica, cristã e preconceituosa da época se percam na memória dos mais antigos. Tòrosi não pode ser cultuada, mas, pode ser louvada. E é isso que deveríamos fazer. Buscar forças, ensinamentos e itàns para louvar a divindade mãe do fogo e verdadeiramente, de Sàngó. Quem anda sobre os caminhos de Ìyámassè Málè, possui o dom de dominar. Possui em suas mãos, a natureza do fogo, o poder sobre o controle da natureza e dos homens. Politicamente, ela é uma sábia que entrega à seus filhos, parte de seus ensinamentos.
Agò òrisá, mo ki ò ayabá! Olú Ìná, Olú Ààrá, Ìyá mi mímó.
(Com sua licença orixá, meus respeitos rainha! Dona do fogo, dona dos raios. Minha mãe sagrada.
Torossi = iyá tapá = Mãe de Xangô
Iyámassé male = a Yemanjá que ela cultuava .
*IyaMassê, Iyá Massê Malé ou Iyá Massê Malé Oriô – Divindade fortemente relacionada ao culto à Xangô no Brasil, onde é tida como sua mãe. É possível que Iyá Massê seja um título de Torossi, a filha de Elempê.
*Essa "Yemanjá Yá Massê Malê" é na verdade a Yemanjá Yá Tapá, que é a Yemanjá que a nação de Yá Massê Malê era devota.
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Iyamassé - é a mãe de xangô e quem cuidou de Oxumarê.{��!? Esposa de Oranian..
As suas contas são branco leitosas, rajadas de vermelho e azul.
*IyaMassê, Iyá Massê Malé ou Iyá Massê Malé Oriô – Divindade fortemente relacionada ao culto à Xangô no Brasil, onde é tida como sua mãe. É possível que Iyá Massê seja um título de Torossi, a filha de Elempê.
Torosí é um orixá feminino (uma divindade do candomblé). Torosí foi filha de Elémpe, o rei da nação Tapá (ou Nupê), esposa de Oranian.
Juntos geraram Xangô, que, mais tarde, subiu ao trono de Oió, antes ocupado por seu irmāo Ajaká.
. Torosí também é chamada de Iyamase.
*Antes de Ìyá Torosí, Òrànmíyàn casou-se com Ìyá Mòrèmí e com ela teve um filho, cujo os cabelos nasceram em tufos, era Dàda Bàayànì Àjàkú.
��Tudo Eu encontrei ��������
*Oduduwá+Lakanjé}Oranmyan
ResponderExcluir*Oranmyan+Torôsi}Xangô
*Oranmyan+Moremi}Dada Ajaká
*Ajaká +!?}Aganjú
*Axabô=irmã de Iyá Massê,e tia de Xangô.
Odùdúwà casou-se com Lakanjê, que é a mãe de Ọ̀rànmíyàn, quem é o pai de Dadá e Ṣàngó.
*Avó de Xangô "Iyá Lakanjê", a mãe de Xangô "Iyá Massê malé", a tia de Xangô.
Iyagbá Axabó, precursora da família de Oyó, é a irmâ de Iyá Massé Malé, e assim sendo tia de Xangô.
"Orixá feminino da família de Xangô, é a irmã de Iyá Massé Malé, e assim sendo tia de Xangô.
Usa vestimentas nas cores vermelho e branco ou rosa, ou estampado. Traz na mão uma lira.
Iyá Axabó faz parte dos fundamentos do quarto de Xangô, e segundo algumas tradições, Xangô não deve ser assentado sem ela.
Iyá Axabó também faz parte fundamental dos ritos da fogueira de Xangô."
"Trata-se de uma iyagbá que representa as águas mornas, lestá ligada à ancestralidade da dinastia de Oyó, atribui-se a ela poderes magia e dons de cura.
Rege a intuição feminina, os sonhos proféticos dos iniciados, o sono, o poder curativo e terapêutico dos banhos lustrais.
É associada a música, representando a realeza das mulheres da antiga corte de Oyó.
Axabó é uma Orixá da Casa de Xangô.
Segundo se diz, Axabó era a responsável da alimentação e dos banhos na casa real de Oyó."
"Dizem os mais antigos, que foi Axabó quem cuidou de Xangô após seu nascimento. Acalmava a criança com banhos mornos, e tocando uma lira o fazia dormir."
"Axabó, seria um título conferido a mulher responsável por zelar pelos príncipes de Oyó. Quando do nascimento, esses eram afastados de suas mães. Para que essas não exercessem influências e poder sobre os mesmos."
"Geralmente os filhos de Axabó são raspados (iniciados), para Iemanjá. Sendo por isso, que se diz existir uma qualidade de Iemanjá chamada Axabó."
"Axabó responde no oráculo merindilogun em uma caída específica de Obará e Ejilaxeborá, Odús que representam a dinastia de Oyó."
De origem da região de Tapa e Nupê na África possui fundamentos muito parecidos com os de Xangô.
Iyagbá Axabó, precursora da família de Oyó, é a irmâ de Iyá Massé Malé, e assim sendo tia de Xangô.
Trata-se de uma iyagbá das águas mornas, ligada à toda a ancestralidade da dinastia de Oyó, com ligação com as Iyá-mi, com poderes e dons de cura e alta magia.
Rege a intuição feminina, o sonho como presságio ou vidência, o sono, o poder curativo e terapêutico dos banhos de axé.
Ligada às artes e à música, representa a mulher de sociedade, altiva e hierárquica.
*Axabó trouxe de um babalawô local um amuleto e entregou aos cuidados de Airá Adjaosí (responsável pelas chuvas) e desde então jamais faltou água à casa e ao reino de Xangô.
Usa vestimentas nas cores vermelho e branco ou rosa (podendo ser estampado). Usa sempre pano da costa. Traz na mão uma lira.
Dizem os mais antigos ser com essa lira, à qual ela tocando que ela encantava Xangô ao sono, para que ele repousasse, descansasse e retomasse o trono e o andamento de suas guerras.
Trata-se de uma iyagbá das águas mornas, ligada à toda a ancestralidade da dinastia de Oyó, com ligação com as Iyá-mi, com poderes e dons de cura e alta magia.
Rege a intuição feminina, o sonho como presságio ou vidência, o sono, o poder curativo e terapêutico dos banhos de axé.
Ligada às artes e à música, representa a mulher de sociedade, altiva e hierárquica.
Segundo o que se diz ela cuidava da alimentação de Xangô e preparava os banhos da casa.
Nas cantigas dela sempre se ressalta a associação dela com as águas e as folhas.
Se diz que nunca teve filhos sendo dai o termo: Agbá-ijena para Senhoras respeitáveis que não parem filhos.
É forte, feminina.
Adora carneiro, cágado e a maioria das outras comidas rituais de Xangô.
Axabò não é considerada uma Iyá porque nunca teve filhos, e assim como Otí não gerou descendentes no Ayé.
Só se inicia uma pessoa para Axabó quando é mulher e sem filhos e o jogo apontou ser filha de Yemanjá e esta pessoa possui um cargo específico na Casa de Xangô.
Iyá Grimborá, que na nação ketu corresponde a Iyamassê, qualidade de Yemanjá que representa a mãe de Sàngó.
ResponderExcluirOrixá Iyá Nilê Grunci ou Iyá Grimborá.
-o santuário de Iyá (a Iemanjá dos Grunci) é uma espécie de beirada de poço incrustada de conchas, porque o poço se liga à água, que é o elemento de Iyá.
Iyá ou Iyá Nilé Grunci – é tida como sendo a Mãe da terra dos Grunci, também conhecida por Iyá Grimborá.
Apesar do seu título de Mãe da Terra dos Grunci é uma Divindade relacionada as águas, elemento natural que aparece simbolizado em vários de seus motivos simbólicos.
Seu santuário é descrito como repleto incontáveis e variadas conchas, destacando-se uma fonte viva. Sendo proibido o uso de luz elétrica. Junto a Iyá, são cultuadas outras Divindades dos Gruncis, como Kajapriku ou Akajapriku.
IYÁ : É uma Deusa cultuada pelos negros da nação Grunci. O assentamento dessa deusa é feito em
um tanque, com conchas e caramujos, além de quartinhas de porcelana.
Iyá, Oriṣá Obinrin correspondente à Yemọja dos Yoruba.
Quero agradecer a todos pelos ensinamentos mas pra mim fico uma confusão não deu pra entender quase nada. Ela é uma yaba propriq Rainha do fogo e dos raios , o que significa o nome dela ??
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